Isso é mais comum que você pensa. Apesar de ser o aparelho eletrônico mais usado no mundo, poucos sabem o que vem dentro de um smartphone. O problema disso é que, ao olhar apenas uma parte de uma análise, você pode acabar comprando um smartphone ruim que atende apenas um dos seus critérios. Mesmo com câmeras excelentes, o baixo processamento ou capacidade de armazenamento podem arruinar sua experiência e te dar a impressão de que comprou algo que não valia o seu dinheiro. Aqui no AppTuts, já falamos muito sobre smartphones como a linha de iPhone da Apple e os variados celulares Android de diversas marcas, como Motorola, Xiaomi e Samsung. Comparativos como Xiaomi vs iPhone ou iPhone 11 Pro vs Google Pixel 4 também são comuns por aqui. Até o momento não explicamos por completo o que cada um desses critérios quis dizer, mas pretendemos consertar isso nesse artigo. Por isso, saiba o que vem dentro de um smartphone no guia completo logo abaixo!

Display

A primeira coisa que você vê antes mesmo de saber o que vem dentro de um smartphone é a sua tela. Por isso, nada mais justo que começarmos com ela. As telas de celulares funcionam de maneira semelhante às televisões e computadores. Atualmente, existem dois tipos principais de display.

LCD

Apesar de estar em desuso, as telas de LCD ainda compõem uma grande parte dos display de celulares econômicos ou intermediários. Eles se caracterizam por contar com iluminação por trás da tela. Ou seja, o cristal líquido da tela manipula apenas a exibição dessas luzes, usando combinações para os milhões de cores que podem ser exibidas em um smartphones.

LED

Diferente do LCD, a iluminação das telas em LED é feita no próprio cristal líquido da tela, por meio de diodos que geram luz e assim exibem os pixels do que estiver assistindo no display. É importante mencionar que, por conta desse avanço, as telas em LED costumam encarecer o preço do aparelho.

Como diferenciar LCD de LED

A informação sobre o tipo de tela que um celular carrega está em suas especificações técnicas. Ainda assim, se tiver em dúvida, faça o seguinte teste. Abra uma imagem do seu celular e observe a área preta dele. Se ela for acidentada e parecer iluminada, então você tem uma tela LCD. Caso ela tenha um tom acinzentado, mas escuro, então você conta com um display em LED. Por fim, se ela for totalmente preta, isso significa que a tela do seu celular é AMOLED ou Super AMOLED. Esse modelo de tela é mais caro e, por isso, está presente apenas em smartphones premium. Além disso, uma das vantagens deste tipo de display é que, como a área preta da tela está com os pixels desligados, ela economiza a bateria do seu smartphone. Ideal para quem prefere usar o modo noturno.

Bateria

Se você já teve um celular no passado, provavelmente se acostumou com a ideia de remover a bateria da parte traseira dele. Quando os celulares se tornaram smartphones, é certo que achou estranho não poder tirar mais. Durante a década atual, certamente acabou se acostumando com o novo padrão. Mas o que causou essa alteração? Por conta da mudança no material das baterias. Antigamente, as células da bateria eram feitas de níquel e eram propensas a erros. Se já teve um celular que descarregava do nada ou exibia mudança no nível de carga com frequência, a culpa era desse material. Agora, o que vem dentro de um smartphone? Os aparelhos atuais vêm com bateria de lítio e íons. No início, elas também eram removíveis. Com a necessidade de se produzir smartphones mais finos, os encaixes que permitiam tirar a tampa traseira deixaram de fazer parte da produção dos aparelhos.

Sistema em um chip, não processador

Uma das confusões mais comuns quando falamos sobre o que vem dentro de um smartphone é se referir à peça chamada “sistema em um chip” de processador. Embora o uso do termo não esteja exatamente errado, ele limita a compreensão do que realmente envolve a peça. Os processadores fazem parte do SoC, sigla usada para definir o “sistema em um chip”, que também pode ser chamado de chipset. Porém, eles não são os únicos. A placa gráfica, o modem LTE – que falaremos mais à frente – e os processadores de tela e vídeo também ficam localizados nessa peça. Ou seja, sempre que ouvir falar nos processadores Snapdragon, Apple A13 ou Exynos, entenda que eles compreendem mais que o poder de processamento de um smartphone. Sempre que for comprar um smartphone, fique atento ao chipset que o acompanha. Essa informação é a que vai te dizer se o celular que almeja é capaz de rodar todo tipo de jogo ou aplicativo.

Confira abaixo quais são as fabricantes mais conhecidas e quais são as edições mais atuais dos seus chipsets em janeiro de 2020.

Qualcomm: com foco em habilitar conexões 5G e em rodar todo tipo de jogo mobile na qualidade máxima, seu chipset Snapdragon está nas edições 855 e 855+ de 2019, com a linha 865 programada para esse ano;

Apple: além do iPhone e iPad, a Apple também produz seu próprio “sistema em um chip”. O iPhone 11 viu a chegada da sua edição mais atual, o A13 Bionic;

Exynos: também de produção própria, mas dessa vez pela Samsung, o Exynos compete com o chipset da Qualcomm. O Exynos atual é o 980 e deve acompanhar os smartphones e phablets premium da linha Galaxy em 2020.

Modem LTE

Além da conexão com a internet por dados móveis, o modem LTE cuida da função mais básica de um celular: fazer e receber chamadas e mensagens SMS. Cada marca de “sistemas em um chip” tem seu próprio modem, que também é um componente desse sistema. O modem é responsável por toda a parte de comunicação do seu celular. Conectar a internet, enviar e receber arquivos, mensagens e ligações e até mesmo emails e notificações de seus apps que ficam online em segundo plano. Atualmente, o modem capaz de suportar as velocidades mais altas de conexão é o Cat. 9 LTE. Porém, antes de investir uma grana em um celular equipado com esse modem, é importante verificar com sua operadora se sua conexão é capaz de aproveitá-lo ao máximo.

Câmeras

Os megapixels (MP) das câmeras não são o parâmetro mais importante na hora de avaliar o que vem dentro de um smartphone. Embora esse número ainda seja importante, são os sensores que podem limitar a qualidade das suas fotos. As câmeras que usa para tirar fotos com seu smartphone são divididas em três componentes. O primeiro é o já mencionado sensor. O papel dele é detectar a luz do ambiente na hora de tirar a foto. Alguns aplicativos de fotografia permitem ajustar algumas das configurações do sensor para melhorar a qualidade das imagens. Normalmente, essas alterações são feitas por quem tira fotos profissionais. Por conta do seu tamanho menor em relação às câmeras convencionais, os sensores dos smartphones costumam não entregar boas fotos em ambientes de pouca luz. Algumas fabricantes como a Apple vêm tentando resolver essa questão, como pudemos ver no recente iPhone 11.

O segundo componente são as lentes em si, por onde a luz passa na hora de tirar a foto. Por último, temos o processador de imagem, uma peça interna do smartphone que irá te mostrar o resultado da foto que tirou. Vale mencionar que esse processador também faz parte do chipset que mencionamos anteriormente.

Outros sensores

Não faltam sensores em smartphones. Toda ação que faz com ele depende de um sensor, principalmente as relacionadas ao movimento ou toque. O que vem dentro de um smartphone que é usado para identificar o que está em sua volta? Confira abaixo:

Acelerômetro: usado por aplicativos para identificar para qual direção o aparelho está apontado e também ativar funções baseadas em movimento, como balançar o smartphone para ligar o aplicativo de câmera;

Giroscópio: funciona em conjunto com o acelerômetro e identifica movimentos de rotação. Já ligou algum jogo de carro e usou o movimento do celular para jogar? Foi graças ao giroscópio;

Bússola digital: tal qual a bússola analógica, ajuda o smartphone a identificar a direção Norte para uso com apps de navegação ou localização;

Sensor de luz ambiente: usado para ajustar automaticamente o nível de emissão da luz azul, de acordo com a iluminação de onde estiver. Ajuda a conservar bateria e a ação da luz azul em seus olhos;

Sensor de proximidade: sabe quando vai atender a uma chamada e a tela do seu celular fica preta? O sensor de proximidade toma conta disso, o impedindo de ativar aplicativos e comandos sem querer quando o aparelho fica perto ao rosto.

Nunca mais leia uma review do mesmo jeito!

Agora que você já sabe o que vem dentro de um smartphone, não irá mais ler análises de celular do mesmo jeito. Entendendo o papel de cada componente e o que fazem, você terá maior noção de como um smartphone pode se encaixar na sua rotina. Melhorando, assim, seus critérios na hora de escolher o próximo aparelho que irá adquirir. Entendeu o que vem dentro de um smartphone? Ficou com dúvidas sobre algum dos componentes explicados aqui? Comente conosco para que possamos te ajudar!

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